Autoestima infantil: veja qual a importância e como trabalhar

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A infância e a adolescência são etapas muito importantes na nossa vida. Por isso, trabalhar a autoestima infantil é fundamental para o desenvolvimento emocional e social dos pequenos.  

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Uma autoestima saudável permite que as crianças e adolescentes se sintam valorizadas, confiantes e capazes de alcançar seus objetivos. Nesse sentido, as famílias possuem um papel fundamental para ajudar os seus filhos na construção para se auto valorizarem e terem amor-próprio

A importância da autoestima infantil

Trabalhar a autoestima desde cedo é importante para auxiliar as crianças a crescerem se sentindo confiantes e seguras de si. Isso afeta não somente a relação que elas têm consigo mesmas, mas também ajuda a desenvolver relacionamentos saudáveis com seus colegas, familiares e professores.

A construção da autoestima começa na infância pois é um período em que nossa identidade e percepções sobre nós mesmos e os outros começam a ser moldadas. Estudos mostram que crianças com autoestima elevada lidam melhor com adversidades e frustrações, pois reconhecem seus pontos fortes e áreas que precisam de melhoria.

Pais e/ou responsáveis têm um papel fundamental nesse processo. Afinal, a maneira como expressam afeto, apoio e, até mesmo, críticas, pode fortalecer ou fragilizar a autoimagem das crianças. Por isso, promover um ambiente onde o autoamor e a autovalorização sejam incentivados é chave para que elas cresçam se sentindo seguras e confiantes.

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Como saber se meu filho tem baixa autoestima?

É essencial que você consiga identificar os sinais que indicam baixa autoestima em crianças e adolescentes. Porém, sabemos que não pode ser uma tarefa fácil, ainda mais na correria do dia a dia.


Por isso, abaixo, listamos alguns dos principais sinais de baixa autoestima demonstrados por crianças e adolescentes:

1. Comentários negativos sobre si mesmos: Crianças e adolescentes com baixa autoestima podem frequentemente criticar a si mesmos. Algumas frases comuns e que você deve ficar atento são: “ninguém gosta de mim”, “sou incapaz de fazer isso”, “sou feia(o)”, “queria ser como tal pessoa”, etc.

2. Evitam desafios e situações novas: Elas podem evitar situações que envolvam riscos ou desafios, com medo de falhar ou serem julgadas negativamente pelos outros. Ou seja, eles não confiam em si mesmos e valorizam muito a opinião alheia. 

3. Dificuldade em aceitar elogios: Crianças e adolescentes com baixa autoestima podem se sentir desconfortáveis ao receber elogios ou reconhecimento, duvidando de sua própria valia.

4. Comportamentos agressivos: Tentando esconder o que sentem e como lidam com as frustrações, crianças e adolescentes podem acabar tendo comportamentos agressivos. Esse tipo de ação pode prejudicar a maneira como eles se relacionam com os outros.

5. Isolamento social: A autoestima infantil reduzida pode fazer com que os jovens se isolem socialmente, evitando interações sociais ou se excluindo de grupos. Mas, vale a pena observar se elas não estão sociáveis ou se são introvertidas. Muitas vezes, o comportamento de se isolar vem junto com sinais de tristeza e falta de ânimo.

6. Baixo rendimento escolar: Isso acontece quando crianças ou adolescentes passam a ter notas mais baixas na escola e demonstram menos interesse em atividades de sala de aula que antes gostavam muito.

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Como trabalhar a autoestima infantil?

Não é preciso esperar que seu filho demonstre sinais de baixa autoestima para você desenvolvê-la. A autoestima infantil precisa ser trabalhada constantemente. 


Dessa forma, algumas dicas de como trabalhar a autoestima em crianças são: 

1) Faça elogios

Elogiar e mostrar carinho são essenciais para a autoestima de crianças e adolescentes. Por isso, é muito importante sempre lembrá-los o quanto são valiosos e amados. 

Faça elogios que vão além da aparência, reconheça a inteligência e o esforço e as conquistas deles, independentemente do resultado.

Mesmo que pareça algo pequeno para você, esse tipo de atenção pode significar muito para eles! Ajudamos a construir a autoestima e a manter crianças e adolescentes motivados e seguros quando reconhecemos e elogiamos seu esforço e potencial.

2) Incentive e apoie os interesses 

Incentive as crianças a explorarem seus interesses e desenvolverem suas habilidades. Portanto, quando ela demonstrar estar interessada em realizar alguma atividade, é fundamental que você apoie e não fale frases desestimulantes.

Além disso, use desde cedo palavras de incentivo com seus filhos. Frases do tipo “você é forte”, “te aceito e amo do jeito que você é”, “estou muito orgulhoso(a) de você” são importantes tanto para reforçar os laços interpessoais quanto para influenciar positivamente a maneira como se veem e se definem.

3) Tenha cuidado ao fazer críticas: 

Quando for necessário corrigir um erro delas, é importante concentrar-se no que aconteceu. Explique que o comportamento não foi adequado, mas evite criticar ou fazer comentários negativos sobre as crianças, isso pode afetar a autoestima infantil.

Por exemplo, se seu pequeno está fazendo muita bagunça, não a rotule de bagunceira. Em vez disso, fale com ele explicando que seu comportamento naquele momento não é aceitável. O foco deve ser em explicar o erro e sugerir maneiras de melhorar.

4) Não compare e nem rotule as crianças

Crianças e adolescentes, assim como qualquer pessoa, possuem habilidades e limitações. Sendo assim, é crucial respeitar essas características, sem esperar mais do que elas são capazes de fazer atualmente.


Também é importante evitar que crianças e adolescentes se prendam a estereótipos. Usar adjetivos como “gordinho(a)”, “magrelo(a)”, “dentuço(a)” e outros pode afetar negativamente a forma como eles se veem.


Compará-los com os coleguinhas da sala ou da família pode danificar seriamente sua autoestima e confiança. É essencial reconhecer desde cedo que todos são diferentes e que isso é completamente normal: as diferenças fazem cada pessoa única e especial.

5) Ouça seu filho

As pessoas, quando compartilham seus desafios e vitórias, apreciam ser ouvidas atentamente. Isso não é diferente para seu filho! Então, mesmo com uma agenda cheia de compromissos, é fundamental encontrar momentos para escutá-lo.


Mostrar interesse no que ele está sentindo e querendo expressar pode significativamente aumentar a autoconfiança dele. Portanto, se ele vier falar sobre um sonho que teve ou sobre seu dia na escola, por exemplo, faça uma pausa, ouça com atenção e participe da conversa.

6) Seja um exemplo positivo

Existe um ditado que diz “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, mas essa ideia não poderia ser mais inapropriada aqui. As crianças veem os pais como seus principais modelos e naturalmente buscam imitá-los.


Se você apenas falar sobre o que é certo ou errado sem agir de acordo, a criança pode se confundir ou ignorar suas palavras e seguir seu exemplo. Lembre-se de que “palavras podem convencer, mas o exemplo arrasta”. Portanto, ao ser um bom modelo, você incentiva a criança a agir corretamente com mais entendimento e empenho!

7) Promovendo a autonomia:

É crucial mostrar às crianças ou adolescentes que você confia neles. Criar oportunidades para que possam exercitar sua autonomia e fazer escolhas é muito importante.

Uma estratégia é envolvê-los em tarefas domésticas adequadas à sua idade, sempre sob supervisão para garantir a segurança. Por exemplo, você pode pedir ajuda para preparar um bolo e deixar que eles usem sua criatividade para decorá-lo como preferirem.

Ao dar a eles a chance de escolher a roupa que querem usar, o penteado que gostariam de fazer ou o filme que desejam ver, você apoia o desenvolvimento de sua autonomia e confiança.

8) Busque ajuda de terapeutas

Contar com a ajuda de profissionais especializados pode ser muito vantajoso para crianças e adolescentes. A psicoterapia, por exemplo, é uma opção que auxilia as pessoas a entenderem e transformarem seus sentimentos, melhorando a forma como se relacionam consigo mesmas e com os outros ao seu redor.

Ao incorporar essas dicas no dia a dia das crianças, os pais e cuidadores podem ajudá-las a desenvolver uma autoestima saudável e duradoura, preparando-as para enfrentar os desafios da vida com confiança e resiliência.

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